quarta-feira, 19 de agosto de 2009

hilux 3.0


(26-05-2005) - A Hilux ganhou o conforto de um Corolla, sem perder a robustez de um Bandeirante. O espaço para ocupantes é o mais generoso entre os modelos da categoria - a Hilux é a única picape média entre as disponíveis no mercado nacional capaz de acomodar confortavelmente passageiros adultos (2 viajam melhor do que 3) no banco de trás. Ainda que sejam indivíduos altos.

Seus motores agora são: 2,5-litros, com 102 cavalos de potência e 26,5 kgfm de torque, para as versões de entrada, e de 3,0 litros, que gera 163 cv e 35 kgfm, com turbina de geometria variável - este equipa as versões SR e SRV.

Nossa intenção era confrontar Hilux e Ranger, atualmente as únicas na categoria disponíveis com motor "eletrônico" no mercado nacional (a picape Ford ganhou motor International 3-litros de 163 cv) . Mas foi impossível conseguir ao mesmo tempo, com as assessorias de imprensa das fábricas, as versões concorrentes diretas - Limited e SRV. A Ranger foi avaliada por WebMotors na versão XLT, intermediária, que compete com a Hilux SR. Para que fossem respeitadas as diferenças de acabamento entre os modelos (em desempenho não há diferença entre as versões) optamos por produzir dois testes distintos.

O desempenho da Hilux no mercado nacional, em abril, foi superior ao de todos os seus concorrentes e até mesmo de modelos de passeio, como a Chevrolet Meriva, por exemplo. Foram vendidas 1.767 unidades da Hilux, contra 1.715 da minivan Chevrolet. No mesmo período foram vendidas 1.161 Mitsubishi L200, 901 Chevrolet S10, 432 Nissan Frontier e apenas 429 Ford Ranger.
Desempenho
Ao volante, a Hilux mostrou por que vai dar trabalho à concorrência

Diferente da Ford, a Toyota omite dados de desempenho e consumo de seus modelos no Brasil. A comparação entre números oficiais de fábrica foi inviabilizada, portanto. Em avaliação, a Hilux dispunha de torque e potência suficientes em baixa rotação, proporcionando acelerações e retomadas seguras. Na estrada, a SRV é bastante agradável - lembre-se do "conforto de carro de passeio". Tem baixo nível de ruído interno e pouco se ouve do motor, mas o agradável ronco do 4 cilindros diesel está presente, assim como o assobio da turbina.

Sua estabilidade foi aprimorada com a adoção de novo chassi, que tem maiores dimensões em relação ao anterior e maior rigidez torcional. A suspensão dianteira da Hilux também foi reformada. É independente, com braços duplos triangulares, molas helicoidais e barra estabilizadora. A suspensão traseira é por eixo rígido com molas semi-elípticas de duplo estágio. O bom acerto do conjunto é o primeiro ponto de destaque da Hilux frente à Ranger. Embora seja mais dura, a suspensão da picape Toyota oferece melhor estabilidade do que a da concorrente. A Hilux pula bastante, em algumas situações até mais do que a Ranger, mas está sempre na mão - no asfalto ou na terra. Ainda que se esteja em uma curva com buracos e ondulações, a Hilux pula, mas não perde a traseira.


Motor e câmbio
Potência é igual à da Ranger; torque é inferior

O motor que equipa a Hilux SRV é fabricado pela própria Toyota. Trata-se do Turbo Diesel Intercooler D4-D, um 4 cilindros 3-litros com 16 válvulas e duplo comando no cabeçote. A turbina tem geometria variável. Este propulsor produz uma potência máxima de 163 cv a 3.400 rpm, com torque máximo de 35 kgfm a partir de 1.400 rpm.

O motor International que equipa a Ranger é também um 3-litros de idênticos 163 cavalos de potência, obtidos em rotação pouco mais alta: 3.800 rpm. Seu torque é superior: 38,7 kgfm a 1.600 rpm.

A transmissão manual de 5 velocidades tem engates fáceis e macios - outro destaque frente à Ranger, que tem engates duros. As relações de marcha são bem acertadas e garantem outro ponto de vantagem sobre a picape Ford. Aliás, a Hilux destaca-se nesse quesito também entre outras concorrentes, como a Chevrolet S10, avaliada por WebMotors em outubro de 2004 na versão Sertões. A S10 também deverá receber motor de gerenciamento eletrônico no segundo semestre deste ano.

O acionamento da tração 4x4 é mecânico, feito por meio de alavanca - diferente do adotado nas rivais Ranger e S10, nas quais o acionamento é elétrico e feito por meio de teclas no painel. De acordo com a Toyota, o sistema por alavanca é mais confiável e menos sujeito a panes, o que poderia comprometer uma aventura no fora-de-estrada, por exemplo, no que tem razão.



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